Rafael Cortez faz revelações inéditas sobre os bastidores do CQC: "Eu vivi episódios de piadas e grosserias que eu tive que resolver 10 anos depois"
Em entrevista ao podcast Pra Cyma, da Maryana com Y, ele trouxe detalhes também da história em que quase foi preso na Copa do Mundo ao falar com o presidente da África
O comediante e jornalista, ex-repórter do CQC, Rafael Cortez fez revelações inéditas dos bastidores do programa que conquistou os telespectadores brasileiros em meados de 2008, quando estreou na TV Bandeirantes. Em entrevista à humorologista Maryana com Y, Cortez contou algumas experiências marcantes que viveu na época e revelou reflexões importantes aos 47 anos de vida e quase 30 de profissão.
Ao ser questionado sobre as piadas e abordagens realizadas nas reportagens, Cortez disse que hoje entende que o limite é sempre o respeito. "Era uma época que a gente estava muito louco. A opiniao pública adorava o programa e você se colocar contra aquilo era algo ruim para a imagem de qualquer pessoa", relembra ele.
O artista comentou que recentemente fez um pedido de desculpas a um cantor por conta de uma piada feita em 2012. "Eu vivi alguns episódios de piadas e grosserias que eu tive que resolver 10 anos depois. Eu liguei para o cara para convidar para uma live e a assessoria me disse que ele não aceitava por conta de uma piada que eu tinha feito em uma premiação há 11 anos. Eu peguei o numero do celular, liguei e pedi desculpas", revela ele.
Rafael também falou sobre um dos momentos em que quase foi preso durante a Copa do Mundo na África, em 2010. “Nós tínhamos recebido uma ligação com a informação de que o presidente do país estava em um camarote exclusivo com várias outras personalidades, inclusive o Mandella. Nós conseguimos chegar lá, fizemos as entrevistas e na hora que estava saindo, senti uma mão grande, um braço enorme, e eu fui acompanhando e vi uma túnica branca. Lá em cima tinha um mulçumano, de uns 2 metros. Ele me perguntou: quem é você? Ele falou para eu não responder e falou: Não diga nada, eu sou o chefe de segurança do presidente, eu vi você pulando as grades. Eu quero a fita e as credenciais agora. Ou, eu tenho uma proposta para vocês: você é meu convidado para passar a noite nas dependências da nossa cadeia", conta ele o nervoso que passou fora do país.
O dilema de ser ou não comediante
Apesar de muito sucesso e elogios pela sua passagem no programa, Cortez revelou que demorou anos para se ver como comediante. Formado em jornalismo pela PUC-SP, o repórter revelou durante o bate-papo que nunca se especializou na área, que sua habilidade de fazer os outros rirem sempre foi algo natural. "Foram uns bons 10 anos de atuação para agora eu chegar e dizer que sou comediante, me sinto assim. Eu nunca fiz um curso sequer na área".
Ao longo da conversa, Cortez também revelou o que fez ele permanecer no programa durante anos. "Eu sempre fui muito cara de pau e isso sempre contou no meu trabalho, o nosso dia-a-dia pedia. Aliás, eu fui chamado para fazer o programa pela minha bagagem como produtor e eu tive que pedir para fazer o teste para reportagem. Minha história está marcada por atitude, desde minha infância até hoje. A atitude é uma forma de não aceitar o não como resposta e isso foi essencial no CQC e na minha vida".
Além disso, Cortez e Maryana com Y falaram sobre a comédia no geral, os standups e até do politicamente correto. Quem quiser conferir essa entrevista completa do artista para o podcast Pra Cyma pode assistir no YouTube ou ouvir nos principais tocadores de áudio.
Xanndi Poletto
Assessor de Imprensa
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